Os pequenos negócios representam uma fatia considerável da economia brasileira. Entretanto, a má gestão é a principal responsável pela mortandade dos empreendimentos.
Os pequenos negócios no Brasil são uma
potência econômica. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), eles
representam cerca de 27% do PIB do país e são responsáveis por cerca de
52% dos empregos com carteira assinada. Tal número mostra que o
empreendorismo no país vem aumentado e com ele a sua participação
efetiva no mercado domestico. Apesar de se comemorar o crescimento do
espírito empreendedor, a mortandade das pequenas e médias empresas ainda
encontra-se em patamares surreais e gera um grande alerta. Cerca de
23,4% dos pequenos negócios têm o seu fim decretado ao completar dois
anos de existência. Entre os fatores responsáveis por este número está a
falta de planejamento e organização, não traçar um plano de negócios
concreto, não conhecer os custos operacionais e administrativos e
principalmente não dar a devida atenção aos principais indicadores de
gestão.
Traçar um bom plano de negócios é
fundamental para a perpetuação da atividade econômica. Assim como um
piloto prepara um plano de voo desenhando a rota, a quantidade de
combustível, a carga e o que fazer em caso de imprevistos, o plano de
negócios tem o mesmo objetivo: O planejamento. É por meio dele que o
empreendedor terá um norte de como atuar e se destacar no mercado,
traçando suas estratégias empresariais e confirmando a viabilidade do
empreendimento.
Dominar os custos do empreendimento pode
ser a declaração de vida ou morte. Um empresário que não os conhece
está fadado ao fracasso em questão de tempo em um mercado cada vez mais
competitivo e implacável. A concorrência acirrada e a alta exigência dos
consumidores fazem com que os empresários busquem por disponibilizar produtos e serviços de extrema qualidade e com o menor custo possível.
Uma operação ineficiente e cara já é a rasteira que precede o nocaute do
negócio. Buscar novos fornecedores e aprimorar os processos pode
resultar na diminuição dos custos e consequentemente no aumento do
lucro.
Já para ajudar a conhecer de fato a
saúde do negócio, existem alguns indicadores chave que auxiliam ao
gestor na tomada de decisões. Com base neles podemos decidir entre a
produção ou terceirização, ampliação ou não do negócio, pagar à vista ou
a prazo e outras tantas situações. Um indicador crucial – embora
sozinho não diga muita coisa – é o de faturamento. Todo empresário tem o
dever de ter na ponta da língua o seu. É ele quem diz o quanto um
negócio está efetivamente vendendo. Porém é o indicador de recebimentos
que dirá o quanto em dinheiro realmente entrou na conta. Confrontando o
indicador de faturamento com o de recebimentos podemos obter um terceiro
indicador que nos dará a taxa de inadimplência do negócio.
Outro indicador crucial na gestão das
pequenas empresas é o ticket médio. Ele expressa o valor médio por venda
e ajuda ao gestor a entender como funciona a dinâmica do
empreendimento. Calculando o ticket médio por cliente, o empresário
consegue ver bem claro quem são os seus melhores clientes e com isso
poder criar politicas de atendimento e relacionamento diferenciadas a
fim de perpetuar a relação entre ambos.
Estes e outros tantos indicadores
contribuem para uma gestão eficiente e de qualidade. Sendo os pequenos
negócios vitais para a economia brasileira, desenvolver o espirito
empreendedor agregado à gestão por resultados contribuirá fortemente
para o desenvolvimento econômico e humano do país, gerando mais renda e
empregos.
FONTE: www.administradores.com.br